Os representantes dos trabalhadores da ASA disseram que não foram tidos nem achados no processo de Concessão dos Aeroportos.
A informação foi avançada pela Presidente do Sindicato dos Transportes Comunicações e Administração Pública (SINTCAP) que diz que os trabalhadores estão preocupados perante o mundo de incertezas que podem estar sujeitos.
Segundo Maria de Brito Monteiro, com espanto, os trabalhadores receberam pela Comunicação Social, a notícia do decreto do Governo que autoriza a Concessão dos serviços públicos aeroportuários à sociedade francesa VINCI Airports. “Há dias, quando tivemos a informação de que o decreto-lei que autoriza a concessão dos aeroportos foi publicado, fomos pego de surpresa”, afirma a responsável.
É que segundo a presidente do sindicato dos Transportes e Administração Pública sempre que o assunto fosse concessão dos serviços dos aeroportos a administração da ASA remeteu os sindicatos ao governo e da parte do executivo nem o SINTCAP e nem o SITHUR receberam uma palavra.“Nem se quer tivemos a reação do governo de que terá recebido nosso pedido até este momento”, disse.
Aquando da divulgação do contrato, o Ministro das Finanças garantiu que Cabo Verde está perante uma boa proposta do ponto de vista social, económico e financeiro e que o parceiro se compromete com a estabilidade laboral, podendo subcontratar empresas e cidadãos cabo-verdianos.
Para Maria Brito, isto por si, pode ser insuficiente para salvaguardar os postos de trabalho, já que “há serviços que sabemos que poderão ser terceirizados” e que essas contratações de empresas fora “podem passar para a prestação desse tipo de serviço”.“Isso é uma grande preocupação que temos e não vamos permitir que sejam postos em causa postos de trabalho”, sublinhou.
Perante a escassez de dados, a presidente do SINTCAP declina, por agora, uma reação pormenorizada sobre o processo. Para já, os 80 milhões de euros encaixe do Estado em 40 anos, em resultado da concessão dos aeroportos do país lhe parecem longe do expectável.
RCV