No decorrer da Sessão Plenária desta quarta-feira, 06 de abril, o ministro do mar avançou que para evitar que o país caia na lista negra de alguns organismos internacionais relacionadas a comunicação e segurança marítima, o governo tem em curso planos estratégicos, que vão permitir a recuperação dos centros de Controle de Tráfego Marítimo (VTS)que se encontram “obsoletas”.
Abraão Vicente, ministro do mar, respondia a deputada nacional da UCID, Zilda Oliveira, quando questionado sobre as medidas adotadas pelo governo para recuperação dos centros VTS no país e de atualização, em termos da tecnologia que é atualizada.
Conforme a parlamentar da UCID, Cabo Verde tem dois centros de VTS, um em São Vicente e outro na cidade da Praia, cuja a função seria controlar o trafego marítimo, mas que “não funcionam” e que os centros e estações de comunicação, “alguns estão a funcionar a 50% e com equipamentos que atualmente são considerados obsoletos”.
Abraão Vicente mostra-se ciente de que Cabo Verde não tem colocando em utilização os sistemas VTMS (sistema de gerenciamento do tráfego de embarcações), correndo assim o “risco de o país cair na lista negras das entidades internacionais”.
É por isso que esteve representantes da IALA (Associação Internacional de Sinalização Marítima) no Ministériodo Mar a apresentar-nos o plano estratégico para exatamente fazer o levantamento e apresentar-nos o necessário investimento”, avançou o ministro.
Neste momento, acrescenta, está a ser implementado um plano formação inicial de operadores, de acordo com as nossas necessidades em Praia e Mindelo que está orçado em 4 874 000$00, para alem de estar ainda em operação o sistema GMDSS (Sistema Global de Socorro e Segurança) orçada em 2 milhões de escudos.
Em relação aos faróis, uma equipa do IMP prevê fazer uma volta nacional com o objetivo de localizar as falhas e fazer a sua relocação em segurança, segundo o governante, que apontou ainda que no tocante a segurança das zonas marítimas balnearias de Cabo Verde tem um projeto orçado em 2 130 000$00.
“Enfim, temos necessidades concretas reais. Só o sistema VTMS pode vir a custar cerca de 3 milhões de euros a Cabo Verde, isto porque nos últimos anos foram descontinuados a sua manutenção, a sua utilização, e para fazer o upgrade Cabo Verde terá de pagar.
Por isso, diz esperar o reporte final do IALA e assim agir levando esse assunto como “uma das prioridades nacionais”.
AC – Estagiária