Alguns moradores da zona de Passarão mostram-se preocupados com alguns problemas locais, desde a falta de autocarro que não chega ao interior da comunidade, problemas de saneamento e a ausência de infraestruturas de lazer.
João Neves que há 21 reside em Passarão confessa que, nesta localidade há muitos problemas que precisam ser resolvidos, nomeadamente a questão de saneamento que ainda é um problema para muitas famílias, como o seu. “A rede de esgoto fica um pouco afastada da minha casa e ainda não consegui fazer a ligação porque tenho que comprar alguns metros de tubos para a Câmara Municipal fazer a ligação, e isso implica custos que eu não posso pagar”.
A sofrer com a mesma situação está a família de Salivia Nascimento. A entrevista associa a este problema os constantes vazamentos de água que são recorrentes, e que quando acontecem têm problemas da falta de água durante quase uma semana, o que também é confirmado pela senhora Paula Delgado, idosa residente há 58 anos em Passarão.
Em relação ao fazer chegar autocarros no interior da zona para encurtar distâncias e ter mais segurança, todos os moradores apontaram esta questão e esperam que seja resolvida.
Os mesmos apontam que, os idosos e os estudantes são os que mais geram preocupações. “Há necessidade de autocarro principalmente quando referimos as pessoas de 3ª idade e crianças/estudantes”, sublinha Silviane Andrade, que acrescenta que, “a juntar a este problema está os táxis que dificilmente passam por cá”, e que as pessoas são obrigadas a deslocarem-se a zona de Craquinha para requisitar um táxi.
Sem mencionar o nome, abordamos uma estudante de 14 anos que também vê a necessidade de chegar em casa em segurança e mais depressa, principalmente quando sai das aulas às 18h45 e chega em casa às 19h30.
A menina assegura estar sempre acompanhada dos colegas durante o regresso a casa, mas quando sozinha “ando sempre com atenção”.
Tanto os mais velhos como os mais novos, todos consideram que Passarão é uma zona calma, mas que precisar ter espaços de diversão e lazer.
Alcinda Gomes, mãe de três filhos já crescidos, reconhece que é importante que houvesse infraestruturas onde pelos menos os mais novos pudessem passar os tempos livres e exemplifica a construção de uma praceta e de uma placa desportiva.
A mesma ideia é partilhada por um menor de 17 anos que se diz desanimado pela falta desses espaços de lazer.
AC- Estagiária