São Vicente passa a ter voo direto de Paris em Novembro

26/04/2023 18:03 - Modificado em 26/04/2023 18:03

A ilha de São Vicente, Cabo Verde, passa a ter voo direto de Paris em Novembro, durante a época alta do turismo de montanha.

A ligação direta, e sem escalas, conforme anúncio, começa em novembro de 2023 e termina em abril de 2024. O mesmo será operado semanalmente (sábado) durante a época alta da procura de turismo de caminhada em Cabo Verde.

Os voos serão operados pela Transavia, sendo que uma parte dos lugares será reservado às agências, e outra acessível à venda online para particulares. O destino já está disponível nas ofertas na página da companhia aérea.

A Terres d’Aventures, operador líder do mercado de turismo de montanha em França, reuniu um conjunto de operadores nacionais desta modalidade de modo a garantir a oferta de um voo charter direto entre Paris e Mindelo, com início no mês de novembro de 2023 até abril de 2024.

A iniciativa visa facilitar a promoção do destino no mercado francês, o maior emissor de turistas de montanha no país, tornando os pacotes mais competitivos perante outros destinos semelhantes, já que o custo da viagem tem um peso relevante na oferta dos pacotes.

Para as agências que operam nesse setor a falta de fiabilidade dos transportes entre as ilhas é o maior condicionante para o crescimento do mesmo, condicionando a sua oferta e promoção junto dos mercados emissores.

Segundo, Theo Lautrey, diretor da agência Nobai e representante da operadora Terres d’Aventures em Cabo Verde, a falta de fiabilidade do transporte marítimo, tem obrigado a retirada de algumas ilhas das suas ofertas, como as ilhas da Brava e de São Nicolau.

Outra dificuldade é verificada nos voos domésticos onde não é possível ter visível a escala e disponibilidade de voos a medio prazo.

Enfatiza que a grande atratividade do país é a variedade das suas ilhas e paisagens e a possibilidade de mobilidade entre elas. Com maior confiança na oferta a nível do transporte doméstico, seria possível aumentar, significativamente, a oferta de destinos e o volume de visitas e dormidas, permitindo que outras ilhas pudessem ser impactadas diretamente pelo turismo.

Além do transporte marítimo, para os que operam no setor do turismo de caminhada, a degradação dos caminhos vicinais em certas partes do país constitui outro motivo de preocupação. A sua não conservação poderá vir a ser um travão para o desenvolvimento da atividade.

Ressalta que para o desenvolvimento do turismo de montanha, a oferta do prometido aeroporto internacional em Santo Antão não terá nenhum impacto ou interesse por parte dos operadores emissores de turistas, pois para esse segmento oferecer duas ilhas numa mesma viagem é uma mais-valia, e a viagem de barco é um momento muito apreciado pelos turistas.

Theo Lautrey relembra ainda que, sendo São Vicente, a ilha onde nasceu e viveu Cesária Évora, eleva o seu potencial de interesse para o turista francês, país onde a artista era muito acarinhada.

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