Presidente da CCS reitera necessidade da “aposta séria” nas micro e pequenas empresas em Cabo Verde

11/04/2024 14:43 - Modificado em 11/04/2024 14:43

O presidente da Câmara de Comércio de Sotavento (CCS), Marcos Rodrigues, apelou hoje, na cidade da Praia, a uma “aposta séria” nas micro, pequenas e médias empresas (MPME) em Cabo Verde.

Marcos Rodrigues, que falava na sessão de apresentação do programa Impulsiona, coordenado pela Pró-empresa, realizada na sede da CCS, afirmou que é preciso não esquecer que são as MPME que criam o desenvolvimento do país.

“São as MPME que empregam mais pessoas em toda a parte do mundo. É assim, é a realidade. Havendo uma aposta séria nas micro e pequenas empresas estão a apostar também no desenvolvimento de Cabo Verde”, alertou o representante dos empresários.

Neste sentido, congratulou-se com o mais novo programa criado pela Pró-empresa, instituto público de regime especial com a natureza de serviço personalizado do Estado.

O Impulsiona é o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Sector do Turismo e da Economia Azul e é financiado pelo Banco Mundial e pelo Governo de Cabo Verde

Tem por objectivo apoiar o desenvolvimento das Micro, Pequenas Médias Empresas (MPME) nacionais, em especial as empresas lideradas por mulheres através de um conjunto de soluções de financiamento de assistência técnica, capacitação empresarial e reforço das capacidades para acederem ao crédito.

Marcos Rodrigues enaltece a atenção especial que é dada às mulheres, mas salientou que os microempresários, incluindo os homens, têm todas as dificuldades.

“Não é só as mulheres, mas os homens também têm essas dificuldades e tem que ser visto num ecossistema muito mais lato e que possamos encontrar aqui caminhos interessantes para o desenvolvimento de Cabo Verde incluindo mulheres e homens”, salientou.

Marcos Rodrigues declarou-se, entretanto, expectante em como esse programa Impulsiona irá ajudar os microempresários cabo-verdianos a ultrapassar alguns constrangimentos no que tange ao acesso ao financiamento.

O presidente da CCS reconhece que apesar do trabalho que vem sendo empreendido pela Câmara do Comércio e o Governo no sentido de melhorar as condições do acesso ao financiamento muitos empresários ainda enfrentam diversas dificuldades.

“Nós estamos a fazer uma caminhada, creio que através do diálogo e da concertação, nós conseguiremos melhores condições para o tecido empresarial nacional, especialmente para as micro e pequenas empresas que têm dificuldades a crescer, quando são defrontados, efectivamente, não falando só do sistema burocrático, mas de várias situações complexas do acesso ao financiamento”, adiantou.

O programa Impulsiona prevê uma série de benefícios para os microempresários, nomeadamente, o co-financiamento de serviços de assistência de melhorias de gestão e organização interna das empresas, a melhoria de acesso ao financiamento e consultoria especializada, os serviços de apoios à transformação digital e energética, serviços de melhoria no acesso a novos mercado e o acompanhamento técnico.

Conforme a administradora da Pro-Empresa, Dina Andrade, o cofinanciamento corresponderá até ao máximo de 75% das despesas a facturas por parte da MPME, sendo que o financiamento dos restantes 25% das despesas a ser assegurado pelas próprias empresas

Inforpress/fim 

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