Presidente da CCB defende maior valorização do trabalhador cabo-verdiano

10/04/2024 12:20 - Modificado em 10/04/2024 12:45

“Se vêm recrutar trabalhadores Cabo-verdianos é porque são bons. E se são bons para irem trabalhar no estrangeiro, são bons para trabalhar em Cabo Verde”, afirmou o Presidente da Câmara de Comércio de após ser questionado sobre a saída massiva de cabo-verdianos para Portugal, para trabalhar em diversas áreas, desde de turismo ao transporte.

Jorge Maurício diz que as câmaras de comércio do país não têm conseguido contabilizar esta saída de profissionais. Pelo menos não diretamente. E que o trabalho tem sido feito no sentido de saber junto das empresas, dos associados, se efetivamente existe algum procedimento ou algum impacto negativo nas empresas.

Algumas empresas tiveram dificuldades, numa primeira fase. Há sectores onde não é fácil formar para fazer a substituição, contudo defende que não se pode, num mundo livre, num mercado livre, num mundo global, proibir as pessoas de saírem do país à procura daquilo que considera ser melhores condições de vida. 

“As pessoas têm que ter a sua liberdade de escolha, onde querem estar, onde querem trabalhar, onde querem produzir, onde querem viver, e isso é legítimo, não se pode proibir”, afirmou.

Contudo, afirma que querem manter os jovens no país a trabalhar e a produzir, as empresas precisam investir mais, investir na formação, garantir melhores condições de trabalho.

“Se temos concorrência externa, temos que começar também a trabalhar internamente e a ser competitivos. Portanto, se vêm recrutar trabalhadores porque são bons, se são bons para ir trabalhar no estrangeiro, são bons para trabalhar em Cabo Verde”, atirou o empresário, afirmando que é preciso valorizar o trabalhador, primeiro pela via do salário, das condições de trabalho e ser valorizado pela via das relações, pela via do cumprimento da legislação laboral, do cuidado e tratamento que deve haver sempre entre a entidade empresarial, o empregador e os trabalhadores.

Agora, sobre os que emigraram à procura de melhores condições de trabalho e de vida, diz que contribuem também, para o desenvolvimento do país. “Se formos ver as remessas dos imigrantes. Cerca de um terço do produto interno bruto de Cabo Verde é da nossa diáspora, então contribuem sempre, seja aqui ou noutro lugar, noutra geografia”, sublinhou Jorge Maurício.

EC

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