O presidente do Conselho Directivo do Instituto Marítimo Portuário (IMP) considerou hoje, no Mindelo, que o projecto de transformação digital em curso vai causar um “verdadeiro impacto” na instituição e em todos os que com ela se relacionam.
Seidi Santos falava, no Mindelo, no acto de apresentação pública do projecto de transformação digital do IMP, que custou ao Governo “mais de 30 mil contos”, e que se iniciou em 2023 numa parceria público-privada. O projecto terá três fases.
Basicamente, a digitalização dos serviços do IMP trará “vantagens” como a gestão integrada de todo o sistema marítimo, “facilitará” o processo de produção e renovação de cédulas marítimas e “permitirá” o acompanhamento da carreira dos homens do mar.
O presidente do IMP sugeriu mesmo que o projecto, em fase de conclusão, não ficará pela palavra transformação, já que vai trazer “uma verdadeira inovação” para o IMP, com “impacto forte” nos serviços prestados aos marítimos e a todo o mercado e operadores do shipping.
“Mas também com impacto forte a nível da própria gestão da instituição, temos a convicção e a certeza de que vai trazer uma verdadeira mentalidade digital para o IMP”, concretizou a mesma fonte, e uma “cultura de inovação tecnológica”, continuou, virada para o mundo moderno no que toca às tecnologias de informação e comunicação.
Com este projecto, Seidi Santos mostrou-se convicto de que o IMP vai modernizar-se, com “maior celeridade e fiabilidade” nos serviços que presta aos marítimos, sobretudo, e vai permitir ainda, aludiu, ao Conselho Directivo e outras estruturas da instituição e de decisão ter informação, dados e ferramentas “mais capacitadas” para tomada de decisões.
Finalmente, a mesma fonte destacou a importância desta modernização e digitalização do IMP nos compromissos Cabo Verde assumiu internacionalmente, através dos acordos que ratificou junto da IMO e da Organização Internacional de Trabalho.
“Este passo é fundamental para cumprirmos cada vez mais e melhor com esses compromissos”, finalizou Seidi Santos.
Por seu lado, o ministro do Mar, considerou que este processo de digitalização e de transformação digital é um “desafio para todos”, se visto como uma “nova cultura” de trabalho e não apenas como um instrumento de trabalho.
“De outro lado, os utilizadores, os marítimos, os armadores, todo o sistema ligado ao mar, terão aqui uma oportunidade de também não só exigir melhor serviço de nós como sistema mar, mas mostrar que, de facto, temos agora todo o processo ligado à reforma e o tempo de serviço dos marítimos”, reforçou Abraão Vicente.
Neste momento, a fase é de treino interno e, posteriormente, o treino dos utilizadores da plataforma, pelo que, segundo o ministro, o processo de digitalização e de transformação digital em curso será “fundamental e crucial” para a eficiência de toda a política, as iniciativas, os instrumentos e as medidas de políticas e, até, para formatar um novo perfil para o recrutamento dos quadros do próprio Ministério do Mar e do IMP.
“Trata-se de um projecto que irá influenciar o perfil dos trabalhadores, dos funcionários e da avaliação institucional do trabalho do IMP”, reforçou o ministro do Mar, que anunciou que na quarta-feira, 27, o Conselho de Ministros vai aprovar a Estratégia Nacional de Políticas do Mar.
AA/ZS
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