O país vai manter o calendário escolar definido enquanto continuar com casos de covid-19 nos principais centros urbanos, mas já há ilhas e concelhos com aulas a funcionar como antes da pandemia, disse diretora nacional da Educação.
Os concelhos da Praia, em Santiago, São Vicente, e outros mais urbanos, continuam com o horário estabelecido em outubro, enquanto nos restantes concelhos em que o número de crianças não ultrapassa o indicado, ou seja 22, e as salas o permitem, as aulas estão a decorrer normalmente, com pequenas alterações nos horários.
“As orientações que nós demos para os diferentes concelhos é não alterarmos o calendário escolar, porque quando foi elaborado teve em conta a redução de números letivos no Natal e no segundo trimestre, em que vamos ter só cinco dias, e queremos imprimir normalidade no funcionamento”, afirmou à agência Lusa Eleonora Sousa.
A diretora nacional da Educação reconheceu que as mexidas no calendário escolar suscitam sempre opiniões díspares, em que uns são a favor e outros são contra, entendendo que se deve encerrar as aulas no país porque os países vizinhos estão a registar muitos casos da doença.
“Mas não, nós vamos tentar manter a normalidade do funcionamento das escolas, daí termos optado por manter o calendário que foi elaborado e que está sendo implementado desde outubro”, completou.
A responsável educativa disse que o Ministério da Educação está a evitar alterações no calendário neste momento para não criar instabilidade nos alunos, pais e encarregados de educação.
As aulas só voltam à normalidade quando as orientações do Ministério da Saúde forem nesse sentido, garantiu: “Mas enquanto o Ministério da Saúde achar que o nível de contágio de coronavírus assim não permitir nós iremos manter com este mesmo horário”, sustentou a diretora.