Equipa de defesa considera haver risco de os Estados Unidos sequestrarem Alex Saab depois de este ser colocado em prisão domiciliária.
A defesa de Alex Saab, que está na iminência de passar da detenção efectiva para a prisão domiciliária na ilha do Sal, em Cabo Verde, onde foi privado da liberdade no dia 12 de Julho de 2020 a pedido de um tribunal de Miami, manifestou hoje o receio de que o mesmo possa vir a ser alvo de sequestro e de extradição extra-judicial para os Estados Unidos.
O processo está a decorrer desde então e Alex Saab beneficiou ontem de uma decisão do Tribunal da Relação de Barlavento (TBR), que mandou coloca-lo em prisão domiciliária por solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR) pelo facto de se ter já esgotado o prazo (de 80 dias) de detenção provisória para efeitos de extradição.
“Esse risco realmente existe e estamos a fazer tudo, através da montagem de um sistema de segurança sólido, tanto pelo Estado como da nossa parte, para o diminuir”, apontou José Manuel Pinto Monteiro, fazendo lembrar que “há casos em que os Estados Unidos procederam à abdução de pessoas fora do seu território para serem julgados lá”.
Um das coisas que poderá impedir tal evento, segundo o advogado, é que “os Estados Unidos respeitarão Cabo Verde e não farão uma acção desse tipo”.