A presidente do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), Maria Livramento Silva, considera “frustrante” a decisão do Tribunal da Comarca do Paul em absolver os seis acusados de violar de forma continuada uma criança de 12 anos na localidade de Eito, no Paul.
Maria Livramento Silva diz sentir-se desapontada com a sentença e que a notícia lhe caiu como “um balde de água fria”, avançando que a instituição tem trabalhado na prevenção e seguimento de casos de abuso sexual e destaca a aprovação, este ano, da lei sobre o abuso sexual contra menores.
Maria Silva considera, por isso, em declarações a Agência Cabo-verdiana de Noticias, que a decisão do tribunal “desvalorizou” todo o trabalho que vem sendo feito no sentido de punir agressores sexuais.
“Nós lutamos todos os dias, através de campanhas e sensibilização de pessoas, convencendo-as a denunciarem os casos e após isso, somos confrontados com uma situação dessas na Comarca do Paul”, lamenta Maria Livramento Silva citada pela mesma fonte.
Para esta responsável, a punição deve servir de exemplo a outros, alegando que só assim se poderá diminuir os casos de violação de menores no país.
De lembrar que o Tribunal da Comarca do Paul absolveu esta segunda-feira, 28, os seis acusados de violar de forma continuada uma criança de 12 anos em Eito, alegando a fragilidade dos indícios.