Em declarações aos jornalistas na cidade da Praia, o presidente do Movimento para Democracia (MpD), Ulisses Correia e Silva, sobre a eleição de Dora Pires e não a de Lídia Lima, do seu partido, admitiu que não era esse o desejo do eleitorado e que o sentido de voto deve ser respeitado.
“Nós desejávamos que fosse diferente, porque o sentido do voto popular deve ser respeitado e não temos dúvida de que a candidata mais votada foi a candidata do MpD, Lídia Lima, e toda a expectativa estava criada à volta disso”, disse à RCV.
Ulisses Correia e Silva deixou transparecer ainda que houve a possibilidade de fazer um acordo diferente. No entanto, diz que MpD não participa deste “tipo de jogos de bastidores para alterar o sentido do voto popular”.
Dora Pires, da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) assumiu quarta-feira, 18, a presidência da Mesa da Assembleia Municipal de São Vicente, tendo como vice-presidente Albertino Gonçalves, do Movimento Independente Mas Soncent (MIMS) e como secretária Dirce Vera Cruz, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV). Foram 11 votos a favor e 9 contra.
O MpD, apesar de ter sido o partido mais votado nas eleições autárquicas do dia 25 de outubro ficou fora da Mesa da Assembleia Municipal, fruto de um entendimento entre UCID/PAICV/MIMS, os quais, juntos, formaram uma maioria.
NN/Inforpress