Para o presidente da Comissão Política do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) em S. Vicente, Alcides Graça, o presidente substituto da Câmara de São Vicente, Rodrigo Rendall está a acumular, “convenientemente”, o estatuto de vereador, substituto do presidente e o estatuto de candidato a vereador nas próximas eleições.
Uma situação que considera “imoral” já que segundo este responsável local, “ninguém sabe se ele recebe os munícipes na qualidade de presidente substituto ou na qualidade de candidato às próximas eleições autárquicas”, concretizou Alcides Graça, para quem se trata de um caso de “promiscuidade política. Uma imoralidade política”.
“Quem procede e atua conscientemente desta forma, tirando proveito político da sua condição de presidente substituto”, continuou Graça, “não tem moral para falar de ninguém”.
Por isso, Graça aconselha Rendall a fazer uma análise do seu comportamento “vergonhoso e eticamente reprovável” antes de apontar o dedo aos outros, numa alusão à conferência de imprensa do presidente substituto em resposta a anteriores declarações do responsável local do PAICV.
A lei estipula que os presidentes das câmaras em exercício de funções e que vão concorrer à sua própria sucessão têm de suspender as funções, imediatamente após a apresentação formal da respetiva candidatura.