Transportes aéreos interilhas – Presidente da República considera importante que medidas sejam tomadas

29/02/2024 14:07 - Modificado em 29/02/2024 14:10

O Presidente da República, considera que o país não pode continuar no mesmo estado que se encontra atualmente, no que diz respeito às ligações aéreas nacionais. José Maria Neves, reagiu, hoje, 29 fevereiro, em São Vicente, sobre a retoma dos voos inter-ilhas por parte dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), que se iniciaram na terça-feira, 27, sendo operados com um avião ATR alugado à Air Senegal.

É que depois de ter sido retirado das ligações aéreas pelo atual governo, sob a justificativa que não era sustentável existirem duas companhias a operar internamente no país, o governo voltou atrás, sete anos depois e trás a TACV de volta às ilhas.

Para José Maria Neves, é preciso resolver de forma definitiva o problema dos transportes inter-ilhas, que segundo defendeu, está inteiramente ligada à competitividade da economia nacional e que, é fundamental para a mobilidade de pessoas e de bens, bem como garantir a coesão territorial do país.

“Houve muitas rupturas, com constrangimentos fortes, tanto ao turismo como à mobilidade de bens internamente, o que é essencial para a nossa economia. Mas as medidas que foram anunciadas são muito parciais e não nos permitem ter uma ideia global de todo o quadro”, justificou o Chefe do Estado.

Contudo, defende que é fundamental que o governo apresente um quadro global, mais estável que permita a todos terem uma ideia de como as coisas vão ser feitas e também, para que os cabo-verdianos saibam com o que podem contar, designadamente, para a tomada de decisões a nível de empresas, a nível de famílias e a nível do desenvolvimento global do país.

“O importante é que medidas sejam tomadas, não podemos continuar nesta situação”, atirou José Maria Neves, que mais uma vez, voltou a afirmar que a Presidência da República não possui todos os elementos necessários para se pronunciar da melhor forma. 

Entretanto, uma das dúvidas que fica é como é que tudo isso vai se proceder, com as ligações aéreas e com duas companhias a operarem no país. “Temos o avião ATR alugado à Air Senegal que já está a operar e do outro lado, a Bestfly que segundo o governo vai continuar. Mas o Estado é, também, accionista da Bestfly, portanto as coisas não estão claras para perceber bem os meandros desta medida”, justificou José Maria Neves.

Neste sentido, lembrou que em 2015 no quadro da reestruturação dos transportes aéreos interilhas, foi feito um estudo para transformar a TACV em quatro empresas. 

“Uma empresa de handling, uma empresa internacional, uma inter ilha e regional. E ainda, uma empresa de manutenção para prestar serviço em todas as áreas. Fez-se uma primeira reforma, com a criação da Handling, que foi autonomizada e integrada na ASA, e as outras três empresas, o novo governo, legitimamente, optou por outros caminhos”, salientou.

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