Novo embaixador de Cabo Verde na Etiópia promete estreitar relações de cooperação entre os dois países

24/02/2024 19:30 - Modificado em 24/02/2024 19:30

O diplomata Domingos Mascarenhas foi hoje empossado como novo embaixador de Cabo Verde na Etiópia e junto da União Africana em Adis Abeba, com os quais prometeu trabalhar para estreitar as relações de cooperação existentes.

O diplomata, que vai representar também Cabo Verde na Comissão Económica das Nações Unidas para a África, em Adis Abeba, Etiópia, sublinhou que a medida veio criar condições para concretizar o desígnio assumido pelo Governo e garantir a crescente utilidade e relevância de Cabo Verde no continente africano.

“Ser útil e relevante pressupõe presença e voz activa nas instâncias de decisão e o que prometemos assegurar, e trazer o melhor de África para Cabo Verde e levar o melhor de Cabo Verde para a África”, defendeu o embaixador durante a sua intervenção.

Sendo a Etiópia a segunda potência demográfica de África e uma das economias mais dinâmicas do continente, prometeu explorar todas as avenidas de diálogo para estreitar as relações de cooperação entre os dois países, tendo como prioridade o sector dos transportes aéreos, tendo em conta a excelência da Etiópia neste domínio.

No âmbito da acreditação múltipla, propôs explorar oportunidades e condições para parcerias com países da vizinhança da Etiópia, África e Médio Oriente, incluindo a cobertura diplomática a partir de Adis Abeba, tendo em conta as orientações do Governo sobre a reestruturação das redes diplomática e consular de Cabo Verde.

Junto da União Africana prometeu assegurar a representação de Cabo Verde nas reuniões do Comité dos Representantes Permanentes, (CRP) seus subcomitês técnicos e grupos de trabalho, privilegiando sempre a projecção de Cabo Verde no continente africano e no plano global.

Na mesma linha de intervenção, defendeu candidaturas de Cabo Verde e da sub-região oeste africana no sistema internacional, em articulação com as demais representações de Cabo Verde, concernidos sobre a necessária orientação da direcção política.

“Participar activamente na formulação de decisões respeitantes aos pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, considerando o acrescido papel que a União Africana tem agora como membro permanente do G20 e dar especial atenção à questão das vagas para os nacionais cabo-verdianos em toda a estrutura da união e suas instituições”, acrescentou.

Entretanto assegurou que a sua equipa vai estar empenhada na colaboração necessária no âmbito da liderança temática relativamente à defesa do património cultural e natural africano atribuída a Cabo Verde, nomeadamente no que respeita à articulação com os departamentos relevantes da comissão e com outras lideranças de temáticas relevantes da região.

No que concerne à Comissão Económica das Nações Unidas para a África, pretendemos cobrir todas as actividades que resultam do seu mandato mediante uma contribuição efectiva à melhoria da articulação entre este ministério e o departamento governamental responsável pelas finanças e planeamento.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, sublinhou que para além de reforçar as relações com a Etiópia, é de assegurar presença na União Africana, a missão funcionará também como plataforma de intervenção presencial com a Comissão Interação Presencial com a Comissão Económica das Nações Unidas para a África, também sediada em Adis Abeba.

A missão, segundo o governante, deverá levar em conta, em articulação com os serviços centrais, as exigências cruzadas das questões mundiais e regionais africanas e o modo como a diplomacia cabo-verdiana deverá posicionar-se.

Considerou ainda que a Etiópia desempenha hoje um papel “importante” no xadrez político e económico africano, sendo, que é de interesse de Cabo Verde estreitar os laços de cooperação com este importante país que tem conhecido níveis invejáveis de crescimento.

Na ocasião explicou que o Governo decidiu reactivar a sua embaixada em Etiópia por entender que o continente, através da União Africana está a ganhar cada vez mais espaço de destaque na geopolítica mundial e porque os desafios e oportunidades interpelam a diplomacia cabo-verdiana no sentido de ser mais interventiva no processo de formação de decisões da UA o que exige uma presença efectiva da política externa do país junto dessa organização.

Inforpress/Fim

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