Declarações feitas, esta quarta-feira, pelo presidente da Comissão Política Regional do PAICV na ilha, Alcides Graça, justificado pelos dados apresentados pela Comissão de Recenseamento Eleitoral, CRE, que aponta que apenas 10% das pessoas estimadas se recensearam na ilha nos últimos anos.
Graça referiu que com o aproximar das eleições, o recenseamento eleitoral configura “um aspeto extremamente importante” e por isso a preocupação do PAICV com os números ora apresentados no que concerne àqueles que completaram 18 anos a partir de 2017, isto quando faltam cerca de cinco meses para a realização das eleições autárquicas.
Conforme Alcides Graça, em São Vicente em média, 120 a 130 pessoas recensearam-se por ano, desde 2017. Um situação que considera preocupante, tendo em conta o horizonte de cinco mil potenciais recenseados. Com isto a ilha de São Vicente pode “inclusivamente”, refere a mesma fonte, “perder um deputado se o processo continuar neste ritmo”.
O líder local do PAICV, relembra que o processo de recenseamento termina dois meses antes das eleições. “O que quer dizer que temos cerca de dois meses para recuperar cerca de cinco mil potenciais recenseados. O que estima ser uma tarefa complicada, tendo em conta a atual situação do país.
Tradicionalmente, nos anos não eleitorais, a afluência à CRE para recensear é fraca, mas aumente substancialmente com o aproximar dos ciclos eleitorais. Em S. Vicente, entre 2017 a 2019, o número de novos recenseados ronda 400 pessoas. E de janeiro a maio deste ano de 2020 não foram além dos 123. “Este número, este ano supostamente, se não houvesse Covid, poderíamos ter o “boom” de recenseamento”.
Graça aponta ainda as limitações da CRE, que durante estes meses, devido ao Covid-19, não pôde fazer muitas deslocações, por causa das imposições sanitárias de segurança.
Nisto apela aos partido a apostar forte na campanha de sensibilização de jovens e ajudar a CRE neste processo, porque “temos apenas 10% do potencial de novos recenseados neste momento”, afirma.
Graça explica esta situação, tendo em conta o número atual de recenseados. É que segundo o líder local do PAICV, tendo com exemplo Santo Antão, explica que “em 2016, essa ilha ganhou mais um deputado, porque o recenseamento foi muito forte e aumentaram o número de recenseados na ilha” e portanto se São Vicente não melhorar pode vir a perder um deputado a nível nacional.