No âmbito do seu programa do 2° Trimestre “Mulher & Ecologia” e no Contexto da COVID-19 e do Estado de Emergência, o Movimento Eco-Feminismo Cabo Verde, realiza esta quarta-feira, dia 20 de maio, na Plataforma online Zoom, a 5ª sessão do Ciclo de Conversa Zoom sob o tema “Impactos da COVID-19 no Sector do Turismo”
“Com uma abordagem de interseccionalidade feminista, de gênero, justiça climática e de direitos humanos”, o movimento explica que nesta crise atual acompanha e analisa medidas e políticas de resposta do Governo à Covid-19, bem como as intervenções das associações comunitárias de forma a permitir-lhe ter uma estrutura de análises com base nas reflexões que têm vindo a promover.
Estas análises serão feitas, na plataforma online Zoom sobre a crise, todas as quartas-feiras até o término do estado de exceção e, por conseguinte, formular soluções coletiva numa perspetiva multidisciplinar. “Tem tido a preocupação de ouvir diferentes realidades no terreno, trazendo para o debate, técnicos, assistentes sociais, sociólogos, técnicos de microfinanças, associação das empregadas domésticas e outros profissionais que trabalham nas áreas mais afetadas pela COVID-19 tais como, o sector informal, sector de microfinanças, turismo”, entre outros.
Por isso definem que a “conversa Aberta é um palco de valorização dos conhecimentos locais, dos pesquisadores nacionais”, assim como também serve para a advocacia e reprodução de vozes que vivem de perto com os problemas e engajá-las no processo da criação e mapeamento de soluções.
Esta quinta sessão, contou com a presença de mulheres que trabalham no sector do turismo.
O movimento esclarece que no quadro dos programas do Movimento Eco-Feminismo para o ano 2020, definiu-se a agenda segundo as prioridades de ações em trimestre. “O primeiro trimestre foi sob o signo “Trimestre Verde” onde a agroecologia, permacultura, nutrição e reutilização dos resíduos alimentares estiveram no centro das sessões de reflexões, workshops e intervenções comunitárias com a implementação do projeto “Horta Nha Kaza”.
E o segundo trimestre foi dedicado à “Mulher e Ecologia” e por coincidência o país foi surpreendido com a chegada do Covid-19, onde pôs a nu as vulnerabilidades do país e o fracasso das políticas públicas em atender as classes menos favorecidas, assim como os profissionais que optaram por o setor informal devido às burocracias e as infinitas barreiras da administração pública cabo-verdianas.
O Movimento Eco-Feminismo Cabo Verde (EFCV) é um movimento social que foi fundado em abril de 2019 na capital da Praia por cinco jovens mulheres, com a missão de engajar os jovens e a sociedade civil das ilhas na luta pela justiça social e climática no contexto das alterações climáticas em Cabo Verde.