Segundo constatamos na manhã de quarta-feira, numa ronda efetuada em alguns pontos da cidade, grande parte dos utentes ficam à espera em frente dos locais, sem o uso de máscaras e com uma proximidade acima do recomendado. Tudo à moda antiga.
Nestes últimos dias assistiu-se um relaxamento dos mindelenses em relação às normas de distanciamento social. As medidas de atendimento, em particular nos bancos e na ELECTRA, acabaram por contribuir para a aglomeração de pessoas no exterior. As pessoas que antes aguardavam no interior das instalações, agora aguardam a sua vez na rua. Apesar da norma que impõe o uso de máscaras em espaços fechados, poucas são as pessoas que as usam. E, apresentam um argumento de peso: “Não há no mercado”.
Em frente a Electra, por exemplo, pudemos observar as pessoas, praticamente, umas em cima das outras, sem máscaras, à procura de uma senha para o pagamento da fatura de energia. O que mostra que a opção do pagamento via cartão vinti4 ou não foi sensibilizada ou a mensagem não foi captada.
As limitações em vigor para evitar a propagação do coronavírus, desde o início, foram respeitadas, mesmo que não fosse a 100%. Neste momento é visível na cidade do Mindelo a livre circulação de pessoas nas principais vias e com pouca presença policial, longas filas e aglomerações nas dependências bancárias e outros serviços.
“Faltam apenas mais três dias e é preciso continuar a respeitar as restrições”, refere um agente policial, acrescentando que a Polícia Nacional tem feito o seu trabalho e espera que “os cidadãos continuem a obedecer ao decreto presidencial sobre o Estado de Emergência”.
As mudanças nos serviços públicos, nas horas de ponta, principalmente de manhã é notória. As imagens do dia a dia, mostram que apesar da política de distanciamento social ser aplicada dentro destas instituições, fora destas a realidade é bem outra.
As pessoas não respeitam o distanciamento social, chegando mesmo a amontoar-se na porta destes estabelecimentos, à espera de serem atendidos. Uma situação que tem sido, algumas vezes, evitada pelas autoridades.