Plataforma Sindical Unir e Resgatar UNTC-CS fala de “desrespeito” aumento de salários dos administradores do BCV

24/09/2023 20:32 - Modificado em 24/09/2023 20:39

O coordenador da Plataforma Sindical Unir e Resgatar UNTC-CS considerou ser um “desrespeito” à população e aos trabalhadores cabo-verdianos o aumento dado ao governador e administradores do Banco de Cabo Verde (BCV).

Para Eliseu Tavares em reação este aumento salarial de 17 e 18,4% e justificado pelo governo como “justificável”, é acima de tudo desrespeitoso para a população cabo-verdiana, uma falta de respeito para os trabalhadores cabo-verdianos, porque todos nós somos trabalhadores, quando no Orçamento de Estado, as classe que ganham até 33 mil escudos para poderem ter um suporte só foi dado 3,5%”, considerou o coordenador da plataforma.

Diz ainda que os que ganham até 69 mil escudos, aumentou-se somente cerca de mil escudos, por isso questiona este “apadrinhamento” do governo um aumento desta natureza.

“Só podemos concluir que neste país, em termos de recurso humanos, em termos de valorização do trabalhador, portanto temos pessoas que são subvalorizados”, sustentou o coordenador, que reafirmou o desperpeito pelos trabalhadores, relembrando que o OE deu apenas um aumento de 3,5% até os que recebem 33 mil escudos.

E os que ganham até 51 mil escudos até 2% e até 69 mil escudos até 1% e por isso questiona o governo, que tipo de administradores e governador o BCV tem para serem diferenciados dos restantes.

E falou ainda de insatisfação, tendo em conta o contexto atual do país e, neste sentido, para trazer alguma justiça, espera que o governo tenha coragem de preparar o Orçamento de Estado para 2024 com um aumento salarial significativo, para repor o poder de compra perdido só este ano, que está na casa de 8%, afirmou Eliseu Tavares.

O assunto tem suscitado a reação de várias entidades como a secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, que se mostrou contra este reajuste e que classifica como um “escândalo nacional”, aquela responsável reafirmou que a central sindical está aberta a qualquer tipo de engajamento por parte dos sindicatos da UNTC-CS e de outras centrais sindicais do país na promoção de uma greve para reivindicar, havendo essa necessidade.

“(…) porque toda a sociedade está a sentir na pele o aumento dos produtos, o não aumento do salário, a não reposição do poder de compra, por isso, havendo necessidade vamos apoiar incondicionalmente”, reforçou a secretária-geral da UNTC-CS, citado pela Inforpress.

O anuncio também suscitou reacções dos dos partidos políticos, que criticaram tal decisão, inclusive a Comissão Concelhia dos Movimento para a Democracia (MpD-poder) na Praia, que considerou ser “uma afronta para os cabo-verdianos”.

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