São Vicente: Augusto Neves acredita que chumbo do Plano de Atividades e Orçamento 2024 pela oposição foi movido por “ódio”
12/09/2023 17:18 - Modificado em 12/09/2023 17:20
O presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, sustenta a convicção de que a oposição rejeitou o Plano de Atividades e Orçamento 2024 movida por sentimentos de “ódio”. Neves expressou sua descrença na decisão e destacou a falta de colaboração partidária para o progresso do município.
Em conferência de imprensa realizada na Câmara Municipal de São Vicente, o presidente Augusto Neves expressou sua frustração em relação ao chumbo do Plano de Atividades e Orçamento 2024 pelos partidos da oposição, União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) e Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).
Neves destacou que nos últimos dois meses, a colaboração entre os partidos da oposição (UCID e o PAICV) estava funcionando bem, mas na Assembleia Municipal, a oposição uniu forças para rejeitar o documento.
Ao ser questionado sobre se foi surpreendido pela decisão da oposição, Neves afirmou que não, pois o líder da UCID já havia insinuado algo semelhante aos órgãos de comunicação social.
O autarca criticou a falta de discussão interna nos partidos antes da votação, afirmando que “a posição dos partidos deve ser discutida a nível dos partidos”.
Neves esclareceu que o plano havia sido previamente discutido e todas as dúvidas foram esclarecidas para os presentes. O mesmo expressou sua deceção com aqueles que não compareceram à apresentação e discussão do plano, mas que estiveram presentes apenas para votar contra o plano na Assembleia Municipal.
Augusto Neves relembrou um episódio anterior em 2021, quando a autarquia propôs um empréstimo bancário para investimentos significativos, que foi recusado pela oposição sob a suspeita de estar ligado a campanha eleitoral.
O presidente lamentou o facto e afirma que, se a oposição continuar a adotar essa mentalidade, o progresso será impossível. “A partir do momento que os eleitos da oposição pensam desta forma, de certeza que não conseguiremos dar um passo.”
Apesar do revés, Neves expressou confiança de que o mandato será concluído com “sucesso”. Ele ressaltou que este foi um “mandato diferente”, marcado pela falta de colaboração dos outros partidos, mas acredita que a equipe conseguirá superar os desafios.
Quanto ao futuro, o presidente afirmou que observará de perto os desenvolvimentos e espera que a normalidade e o bem da instituição e da população sejam mantidos na câmara, após o chumbo do plano.
“Espero que as coisas na Câmara Municipal continuam com a normalidade exigida para o bem da instituição e da população”, afirmou.
No dia 11 de setembro, os eleitos municipais de São Vicente rejeitaram o Plano de Atividades e Orçamento 2024 com 11 votos contra, nove a favor e uma abstenção. A decisão significa que o município continuará operando sob o regime de duodécimos ao longo do ano de 2024. Sete membros da UCID e quatro do PAICV votaram contra, enquanto o MpD deu nove votos a favor e o MIMS se absteve.
Arménia Chantre – Estagiária
