São Vicente: Associação Amigos da Natureza entrega equipamentos ao matadouro municipal avaliado em 750 mil escudos

18/01/2024 16:58 - Modificado em 18/01/2024 16:58
Presidente da Associação Amigos da Natureza e Vereador do Ambiente e Saneamento da CMSV @EC

A Câmara Municipal de São Vicente recebeu hoje, 18 de janeiro, um conjunto de equipamentos destinados ao matadouro municipal. Uma oferta da Associação Amigos da Natureza, entre as quais mesas inox, facas diversas, electroserra de disco para corte de carcaça, máquinas de lavar à pressão, carrinho de mão e ainda ganchos, luvas metálicas, botas, entre outros itens avaliados em 750 mil escudos.

Para a câmara municipal, as doações sejam equipamentos individuais ou materiais utilizados no abate de animais, ajudarão a dar uma maior capacidade de resposta ao matadouro municipal, tanto na quantidade como na qualidade do serviço prestado. “O matadouro municipal foi criado no sentido, digamos, de preocupação com a saúde pública, porque sabemos que ainda existem muitos abates clandestinos em condições não ideais”, apontou o vereador do pelouro do Ambiente e Saneamento da CMSV.

Com este reforço nos equipamentos, José Carlos da Luz diz que, agora é preciso contar com o apoio dos criadores nesse sentido. “Então, fazemos uma forte sensibilização aos criadores, para que possam fazer os seus abates aqui no matadouro, em condições de higiene e segurança alimentar, porque sabemos a preocupação que temos em relação à qualidade da carne”, salientou.

E destacou, mais uma vez, os incentivos de utilizar o espaço, já que edilidade disponibiliza os espaços, sem cobrar nada. “É gratuito, portanto apelamos aos criadores para que façam aqui os seus abates. Apenas pagam a taxa de fiscalização”, atirou o vereador.

Questionado sobre as políticas de fiscalização e penalizações para os responsáveis por abates clandestinos, garantiu que existem e que estão devidamente plasmados  no Código de Postura Municipal.

“Vamos trabalhando, primeiro no sentido pedagógico, e depois aplicamos o que está no Código de Postura Municipal em relação aos abates clandestinos e aos abates na via pública”.

Por seu lado, a Associação Amigos de Natureza, diz que não obstante a entrega dos equipamentos, ainda há um longo caminho a percorrer para que este matadouro seja utilizado pela população.

“Sendo um espaço público e de interesse para a saúde pública, penso que todos temos alguma responsabilidade, de alguma forma, no sentido da sua melhor utilização e de criar condições para que possa melhor responder às nossas necessidades, principalmente nós que somos do área”, realçou Aguinaldo David, presidente da associação.

Então, dentro deste contexto, prosseguiu este associativista, foi desenvolvido um projeto, que numa primeira fase teve uma componente forte, que foi a valorização da carne e a agregação de valor da carne, e como pivô fundamental desta componente, o matadouro municipal. “Então nesse quadro identificamos as necessidades, fizemos um diagnóstico, identificamos as necessidades do frigorífico. Uma das principais necessidades era a falta de treinamento do pessoal”.

Com isso foi feita uma formação no matadouro municipal na área de abate de ruminantes, cortes padronizados e valorização da carcaça, que envolveu 12 açougueiros do referido matadouro e dos talhos privados das ilhas de São Vicente e Santo Antão. 

“O foco foi um abate sanitário, respeitando, digamos, o bem-estar animal, mas também a padronização das carcaças, para que possam ser valorizadas. Mas também outro aspecto era o valor culinário da própria carne”.

Neste contexto, foi identificado algumas necessidades em termos de equipamentos e materiais, que foram adquiridos e entregues à edilidade.

Elvis Carvalho

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