Inaugurada em São Vicente Unidade Local para Imigração para facilitar relação com imigrantes

28/11/2023 18:35 - Modificado em 28/11/2023 18:35

Por São Vicente constituir um dos concelhos do país, que mais recebe população estrangeira, por sua dinâmica própria, por ser um polo de desenvolvimento que atrai visitantes, por ser uma porta de entrada e outros aspectos, que explicam a atração das pessoas, que quando se criou a Alta Autoridade para a Imigração, pensou-se na instalação de uma unidade local na ilha. A afirmação é da presidente da instituição. 

Um facto tornado oficial, esta terça-feira, com a inauguração da Unidade Local para a Imigração (ULI), numa parceria entre a Câmara Municipal de São Vicente e o Governo para servir de interface e facilitar a relação com imigrantes.

O ministro do Estado, da Família, Desenvolvimento e Inclusão Social, sustentou que a ilha de São Vicente, tem por obrigação moral, ética, e por respeito a sua história tratar bem quem a escolheu como destino de residência, já que na sua formação há pessoas de outras ilhas e países.  

Elísio Freire considera que é um princípio básico de todos tratar bem aqueles que escolheram Cabo Verde para viver, logo defende a máxima, que “é tratar da mesma forma um cidadão de um bairro da ilha, da mesma forma que um cidadão de Senegal, por exemplo, já que ambos contribuem para o desenvolvimento da ilha e do país”.

Isso já que justificou, exigimos que um cidadão nacional seja bem tratado em qualquer parte do mundo, afirmou Elísio Freire. “por isso temos essa mesma obrigação com que saiu da Guiné-Bissau, por exemplo, e escolheu estas ilhas para fazer a sua residência”, reiterou o governante.

Desta forma, a ilha de São Vicente, neste mesmo quadro, tem uma representação local da Alta Autoridade para a Emigração, depois de Santa Catarina, Sal, Boavista e na Praia, e nas outras ilhas será com unidades móveis.

“Isso para terem assistência no acesso a documentos, assistência no acesso à administração pública, segurança social e complementar isso com medidas de políticas, que tem que incluir comunidades imigrantes”, enfatizou o ministro Elísio Freire, que acredita que essas medidas devem ser dirigidas para esta comunidade, para serem “completamente integradas”.

O governante avançou ainda a criação de uma Plataforma com acesso a cinco línguas, sendo elas o crioulo da Guiné-Bissau, Mandarim da China, Wolof do Senegal, inglês e francês para cobrir as comunidades residentes.

Por seu turno, a presidente da Alta Autoridade para a Imigração, Carmen Barros Furtado, avançou que esta medida está inserida na estratégia de facilitar o contacto dos imigrantes com os serviços nacionais essenciais para a sua vivência. 

“A Unidade Local para a Imigração (ULI), vai funcionar em articulação, complementaridade e reforço daquilo que as instituições fazem na ilha. E relembra que tem outras valências, tais como ser um ponto único de contacto que permitirá aos emigrantes tenham melhores acessos aos outros serviços, mas também desenvolver atividades de forma compreender a emigração e aproveitar dos benefícios que a emigração traz”.

Por seu lado, Augusto Neves considerou que o facto de São Vicente receber esta unidade local, mostra que todos estão preocupados com o mesmo problema e que isso reforçará o trabalho que a edilidade faz com os emigrantes.

Neste sentido vê a implementação desta unidade, como mais uma forma de servir para resolver uma série de problemas que os imigrantes têm. “São os nossos irmãos. Somos um povo de emigrantes e queremos garantir uma qualidade de vida digna a eles”.

Por isso, Augusto Neves, diz que já fazia falta esta unidade na ilha e espera que daqui para frente, estas inquietações sejam melhor atendidas e resolvidas no serviço social. 

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