Santo Antão: Sindicato denuncia exclusão da greve do INIDA

22/11/2023 17:28 - Modificado em 22/11/2023 17:28

O Secretário Permanente do Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA), Carlos Bartolomeu, expressou sua consternação diante do que chama de “tentativa de exclusão de partes” na greve dos profissionais do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA) em Cabo Verde. O sindicato denuncia a falta de inclusão dos trabalhadores das ilhas de Santo Antão e Fogo na ação de luta, destacando a necessidade de união solidária entre as diferentes regiões.

Carlos Bartolomeu lamentou a ausência de representatividade dos profissionais de Santo Antão no movimento grevista. Em uma publicação na página do sindicato assinado por este responsável, o sindicalista destacou a importância de uma perspectiva nacional na luta dos profissionais do INIDA, rejeitando a abordagem regionalista que parece prevalecer.

“Tentamos envolver nessa luta os profissionais de Santo Antão, para que pudessem participar legalmente da greve. O que estamos a constatar é uma tentativa de exclusão de partes, mais grave ainda, quando é realizada por um sindicato, neste caso, o Siscap,” afirmou Carlos Bartolomeu.

O secretário permanente do SLTSA também criticou o presidente do Siscap, Eliseu Tavares, que também atua como Coordenador da Plataforma Unir e Resgatar a UNTC-CS. Bartolomeu ressaltou a importância de os sindicatos darem exemplo de “unidade e solidariedade” em momentos de luta.

Bartolomeu não deixou de expressar sua simbólica adesão à greve, apesar de estar de férias, em solidariedade aos colegas impossibilitados de fazê-lo. O sindicalista citou colegas de Santo Antão que afirmaram “não queriam partilhar os louros com o SLTSA,” uma afirmação com a qual o mesmo concorda.

O foco principal do protesto é a não implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) no INIDA. O sindicato exige tratamento igual ao de outros institutos públicos, destacando a necessidade de reconhecimento como quadro comum.

A não publicação do plano de cargos, carreiras e salários leva os trabalhadores do INIDA a partir para uma greve de 3 dias. O sindicato considera que, apesar da requisição civil do governo para a prestação dos serviços mínimos, a adesão neste primeiro dia de greve rondou os 80%,” concluiu Bartolomeu.

O SLTSA espera que a Instituição INIDA e o Governo de Cabo Verde atendam às reivindicações dos trabalhadores e busquem uma solução para a atual situação.
AC

Comente a notícia

Obrigatório

Publicidades
© 2012 - 2024: Notícias do Norte | Todos os direitos reservados.