Uso do álcool e outras drogas: Técnica da CCAD realça aumento do número de usuários que procuram apoio

6/11/2023 16:16 - Modificado em 6/11/2023 16:16

A técnica da CCAD Eloisa Borges realçou hoje como um dado positivo em Cabo Verde o aumento do número de usuários do álcool e outras drogas que procuram o apoio para si próprios, com vista ao tratamento da dependência.

Esta informação foi avançada hoje à imprensa, no âmbito da formação ministrada pela Comissão de Coordenação do Álcool e outras Drogas (CCAD) aos agentes da Polícia Nacional, com o objectivo de capacitá-los para intervirem na prevenção do uso do álcool e outras drogas no seio da corporação.

Segundo a também formadora Eloisa Borges, o estudo sobre a prevalência de substâncias em Cabo Verde, que remonta a 2012, indicava que 63 por cento (%) das pessoas usavam álcool, 7,6 % em algum momento de suas vidas usaram algum tipo de drogas, e o tabaco tinha uma prevalência de 17%.

“Há claramente um início mais precoce do consumo, tem havido um aumento do consumo de haxixe, que há muito não registávamos na linha, esse também é um dado preocupante, e registamos com agrado que há muitas mulheres que estão a procurar o tratamento mais do que antes”, revelou.

A responsável ressaltou que, antes se as mulheres procuravam tratamentos para os homens, para os seus entes queridos, os dados apontaram uma outra dinâmica, ou seja, revelaram um aumento de número de usuários, tanto do sexo feminino como masculino que procuraram apoios para os próprios tratamentos.

“São as próprias mulheres a procurarem tratamento para si, e esse é um dado positivo, porque antes eram as mães, as esposas, que procuravam o apoio para os seus entes queridos do sexo masculino, mas agora a própria pessoa que usa está a procurar apoio para si”, disse.

Destacou que a maior parte do consumo está na juventude, dos 15 aos 30 anos, advertindo que por isso, é importante tomar medidas, apostando na prevenção o mais precoce possível.

Neste momento, informou, estão a trabalhar a possibilidade de realizarem um novo estudo nesta matéria para o próximo ano, que considera imprescindível, acrescentando que há um outro sobre o tabaco que está a ser finalizado numa parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Inforpress/Fim

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