Artista David Levy Lima é galardoado na gala Prémios da Lusofonia em Portugal

8/10/2023 18:45 - Modificado em 8/10/2023 18:45

O artista plástico cabo-verdiano David Levy Lima recebeu este sábado, o galardão na categoria “Artes Plásticas”, na sétima edição da Gala Prémios da Lusofonia, que acontece no Casino Estoril, em Portugal.

A organização do evento justifica a atribuição do prémio a David Levy Lima, que nasceu em 1945 em Santo Antão e chegou a Lisboa em 1963, com o facto de ter feito um “trajecto sereno, mas intenso e inspirado, enquanto artista plástico e cidadão do mundo”.

A organização traçou esse trajecto, indicando que o artista chegou a Lisboa com o objectivo de terminar os estudos em arte, mas acabou por seguir o caminho dos autodidatas, sendo que “o seu talento natural tem raízes familiares, dado que dois dos seus irmãos também são artistas plásticos de elevado reconhecimento”.

Em 1968, abriu uma loja-atelier, em São Pedro do Estoril, “um espaço de grande fascínio, que veio a tornar-se iconográfico, recheado de cor e memórias”, sendo que entre as distinções que recebeu, aparece a Medalha da Ordem do Vulcão, atribuída pela Presidência da República de Cabo Verde, no ano 2000.

“Nas suas obras de arte, David Levy Lima retrata paisagens, ruas com pessoas, vales e montanhas cabo-verdianas, mas também retratos de músicos e de crianças em roda. A cor-azul-tranquilo, em vários matizes, completada com pinceladas de cores quentes, em multivalência de traços, definem a sua pintura”, referiu a mesma fonte.

O artista participou, ao longo da carreira, em dezenas de exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro, destacando-se a exposição na China, durante três semanas e a participação no “The art of tolerance”, uma exposição colectiva promovida pelo município de Berlim (Alemanha).

Para além de David Levy Lima, a portuguesa Fátima Lopes recebeu o Prémio Comunicação Social, a guineense Conceição Carvalho o Prémio Moda e Estilismo, o timorense Benjamim Corte-Real o Prémio Educação, o português filho de pai angolano e mãe cabo-verdiano Filipe Zau o Prémio Especial Lusofonia e o brasileiro Marcello Antony o Prémio Teatro e Cinema.

O português António Saraiva recebeu o Prémio Cidadania, o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua recebeu o Prémio Língua Portuguesa, a portuguesa Alice Vieira recebeu o Prémio Literatura, o moçambicano Joaquim Chissano recebeu o Prémio Carreira, a portuguesa Manuela Ramalho Eanes recebeu o Prémio Direitos Humanos, o são-tomense Filipe Nascimento recebeu o Prémio Mérito Lusófono e o angolano Paulo Flores recebeu o Prémio Música do Mundo.

Com as actuações do músico Otis, do cantor e compositor Nelo Carvalho e da fadista Beatriz Teles, Raquel Fortes e Gabriel Niva foram os apresentadores da Gala Prémios da Lusofonia.

Os Prémios da Lusofonia é uma iniciativa que homenageia anualmente e, em Portugal, desde 2017, cidadãos da lusofonia que se distinguiram por obra e carreira nas mais diversas actividades e áreas que exercem, desde a música, literatura, cidadania, artes plásticas, comunicação social, passando pelo teatro e cinema, educação, moda e estilismo, entre muitas outras áreas.

Os Prémios da Lusofonia, que tem como mentora e autora, Isabel Leitão, e a parceria permanente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), constituem um momento de grande celebração da cidadania qualificada da língua portuguesa e do ideal da lusofonia.

O tema do evento foi “O universo da língua portuguesa e lusofonia tem a dimensão do sonho e todos os grandes sonhos são inesgotáveis”.

Inforpress

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