Saúde: Sindicatos da Administração Pública ameaçam greve nacional – “É hora de dizer basta”

24/09/2023 20:07 - Modificado em 24/09/2023 20:08

O Sindicato Nacional Democrático dos Enfermeiros (SINDEP) de Cabo Verde deram um ultimato ao governo para resolveram os diversos problemas da classe, entre os quais a falta de aumentos salariais, senão partem para uma greve nacional

Os seis sindicatos da administração pública Sintap, Sintcap, Siscap, SLTSA, Sicotap e Sinmed, que representam os funcionários do Ministério da Saúde nas ilhas de São Vicente, Santiago, Santo Antão, São Nicolau, Sal e Fogo ameaçam com uma greve geral, caso as reivindicações não forem atendidas até 25 de outubro.

A garantia foi dada pela porta-voz, Maria de Brito Monteiro, numa conferencia de imprensa em São Vicente, após um encontro para analisar a situação socio-laboral neste ministério. “O ambiente dos trabalhadores do ministério da saúde em todas as estruturas do país é caótico, estressantes, desmotivante e critica, portanto de completo estrangulamento há já alguns anos”, afirmou a sindicalista.

Para estes sindicatos, esta é uma situação intolerante e que não pode continuar, isso devido aos graves constrangimentos que isso vem causando aos funcionários, ao sistema e até a saúde pública.

Maria de Brito Monteiro diz que foram feitas várias tentativas de reunir com a ministra da saúde, Filomena Gonçalves, desde de janeiro deste ano, 2023, contudo sem sucesso e é neste contexto que convocaram a imprensa, para denunciarem o que consideram e classificam de “descaso da ministra da saúde” diante de vários pedidos de encontros, sem nenhuma resposta.

Diante disso, anunciam a entrega de um caderno reivindicativo com vários pontos reivindicativos, no dia 25 de setembro, segunda-feira, ao ministério a saúde que será endereçado diretamente à ministra Filomena Gonçalves.

Entre as reivindicações, enumerou alguns pontos, que considera urgente serem resolvidos, tais como, a precariedade do vinculo laboral, a insuficiência de recursos humanos, a falta de regulamentação da carreira medica de enfermeiros, bem como a falta de atualização dos estatutos destas duas classes, e a necessidade de uma carreira técnica dos profissionais de saúde é urgente, considerando o trabalho que desempenham.

Ademais diz que é preciso ainda, resolver o problema de insegurança física, que muitos profissionais estão sujeitos, a sobrecarga de trabalho, o atraso no pagamento dos salários e não pagamento de velas aos chamados prestadores de serviço como enfermeiros e auxiliares, equipamentos obsoletos, e várias outras

E aguardam uma resposta mais breve possível. É que cansados do descaso da ministra, garantem que os profissionais de saúde estão disponíveis para uma greve geral indicado para o mês de outubro, caso as suas solicitações não forem atendidas.

O sindicalista reagiu ainda a um comunicado enviado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira, 22, justificando os atrasos no pagamento das velas e de prestações na segurança social, documento que disse ser uma “nota vazia” e que “não compromete em resolver os problemas”.

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