Cabo Verde chora a perda de uma de suas figuras mais queridas e influentes, Humberto Bettencourt Santos, carinhosamente conhecido como Humbertona, que faleceu na noite de ontem em São Vicente. Sua trajetória notável como Combatente da Liberdade da Pátria, músico exímio e renomado diplomata deixou uma marca indelével na nação insular.
O presidente da República de Cabo Verde, em um comunicado, expressou sua tristeza pela partida de Humbertona, destacando seu papel crucial na luta pela independência do país e suas contribuições significativas tanto na música quanto na diplomacia. “Com o desaparecimento físico deste grande cabo-verdiano, a nação ficou indubitavelmente mais pobre”, refere a nota da presidência da República.
Humbertona, além de seu compromisso com a liberdade e independência de Cabo Verde, também foi um notável músico, cujos solos de violão se tornaram um marco na discografia do país, lembrou José Maria Neves.
Suas músicas de protesto, incluindo o icônico álbum “Sodadi”, desempenharam um papel vital durante o período de luta pela independência, alcançando a comunidade emigrada e as pessoas em Cabo Verde.
O Ministério da Cultura expressou profundo pesar pela perda de Humbertona e reconheceu sua contribuição excepcional para a cultura cabo-verdiana.
O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, ressaltou que Humbertona foi uma das maiores referências do violão cabo-verdiano e um apaixonado defensor da música tradicional e da morna, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
A memória de Humbertona será eternamente lembrada como a de um “ser humano generoso, humanista e espirituoso”, cujo legado musical e contribuições como diplomata deixaram uma marca profunda na história de Cabo Verde.
A nação unida lamenta a partida de Humbertona, mas sua influência e inspiração continuarão ecoando através da música e da memória daqueles que foram tocados por sua notável jornada.
AC – Estagiária