S. Vicente: Trabalhadores da Atunlo paralisam trabalhos reivindicando o pagamento dos salários de janeiro na totalidade – corrigido

1/02/2024 13:53 - Modificado em 2/02/2024 12:41

Dezenas de trabalhadores da Atunlo, em São Vicente, manifestaram hoje em frente à empresa no sentido de reivindicarem o pagamento do salário em atraso. De acordo com os trabalhadores foram informados que não irão receber o pagamento do mês de janeiro na sua totalidade. E sim por duas vezes, devido a problemas financeiros.

“Ontem, 31 de janeiro, era dia de pagamento e sem nenhum aviso prévio da direcção, foi-nos avisado já depois das 16 horas que, devido a algumas situações da empresa, não teriam o dinheiro para o pagamento total dos salários”, uma situação que as deixou indignadas tendo em conta que querem fazer o pagamento dos montantes por duas vezes.

“Querem pagar em duas parcelas, uma na sexta-feira, dia 02 de fevereiro e outra na próxima semana”, algo que não aceitam tendo em conta, conforme explicações, “recebemos muito pouco para ser dividido em duas vezes”, afirmam estas mães de família que querem receber o salário na íntegra, já que têm responsabilidades.

Neste sentido, e sem acordo com a empresa, paralisaram os trabalhos, hoje, de forma a mostrar as suas posições. “Sabiam desde do início do ano da situação e foram incapazes de falar connosco, e agora com a produção feita, o mês encerrados vão pagar por duas vezes? Não aceitamos” declararam.

Uma situação que está sendo acompanhada pelo Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (SIACSA).

Heidi Ganeto representante do SIACSA em São Vicente, diz que a situação da empresa de transformação de pescado já era esperado, uma vez que o sindicato tem vindo a acompanhar o desenrolar dos acontecimentos.

Em relação aos salários, disse que Diretora dos Recursos Humanos da empresa, segundo o sindicalista apresentou uma proposta aos trabalhadores, que devido aos problemas que a empresa passa, os salários deste mês de janeiro vão atrasar e que propõem o pagamento em duas metades. “Uma no início deste mês e outra até ao dia 9”, explicou Ganeto, alegando que a situação não caiu bem no agrado dos funcionários que não aceitam a situação.

Algo que Heidi Ganeto diz ser compreensível, tendo em conta que existem compromissos a ser cumpridos e por isso, querem apresentar uma contra proposta para a direção da empresa.

Por outro lado, a previsão é que brevemente outras pessoas podem ir para casa, devido a falta de ma”A empresa avançou que vão entrar em regime de suspensão de contrato, a partir do dia 23 de fevereiro”, avançou o sindicalista, porque a empresa alega que não têm matéria prima.

Ou seja, vão ficar em casa, em situação de Lay Off, onde recebem apenas 50% dos seus salários durante três meses. “Depois disso não sabemos o que será o futuro da empresa em Cabo Verde”, afirmou

EC

Atualizado corrigido a palavra “reivindicando” para reivindicando.

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