Parlamento: Declaração política do MpD enaltece “excelência” das medidas e políticas executadas durante as crises

25/05/2023 17:24 - Modificado em 25/05/2023 17:24

O Movimento para a Democracia (MpD, poder) defendeu, hoje, no parlamento, que é preciso reconhecer “o mérito e a excelência” das medidas e das políticas executadas durante as crises que assolaram o País.

Segundo o líder parlamentar do MpD, Paulo Veiga, em declaração política, durante uma análise dos dois anos de mandato do VIII Governo da República, não bstante o cenário mundial que “impactou profundamente” as finanças públicas de Cabo Verde e o tecido empresarial que causou o “agravamento das vulnerabilidades sociais” existentes, o País vem dando respostas “em tempo útil à altura dos desafios”.

“Conseguimos responder satisfatoriamente aos anseios de todos os cabo-verdianos, graças a uma governação responsável, esclarecida e engajada e à resiliência do MpD, adoptando medidas de políticas para superar a crise sanitária e amortecer o choque económico no tecido produtivo nacional e medidas de estabilização dos preços, reduzindo, deste modo, a queda do poder de compra dos cabo-verdianos”, considerou.

Na ótica do líder parlamentar do MpD, os ganhos “não são poucos” porque a nível da covid-19 Cabo Verde fez e está a fazer um “combate de excelência”, estando à frente a nível dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP), referindo que “90 % da população tem duas doses de vacina”, o que é “um caso sem paralelo a nível do continente africano”.

Segundo Paulo Veiga, após a contração económica de 19,3 % em 2020, por causa da covid-19, o Governo “concebeu e implementou medidas de recuperação e retoma” e a economia “cresceu 7% em 2021 e 17,7% em 2022, o maior crescimento da história de Cabo Verde”.

Igualmente, afirmou, o turismo sofreu “uma forte quebra” em 2020, mas o Governo “criou condições para que o turismo regressasse em força em 2022”, tendo alcançado um “recorde de 853 mil turistas” e “ultrapassado o número de turistas registado em 2019”.

Para Paulo Veiga, o Governo está determinado em eliminar a pobreza extrema no País ao adoptar uma estratégia nacional de erradicação da pobreza, através da aplicação de um conjunto de instrumentos, como o cadastro social, o rendimento social de inclusão, a pensão social a Política Nacional de Cuidados e medidas de políticas na educação, formação, saúde e habitação.

Além disso, destacou os “vários investimentos públicos em fase de conclusão”, os quais, acrescentou, terão um “forte impacto na economia das ilhas e na economia nacional”.

Em reacção, o presidente do grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), João Baptista Pereira, disse que a intervenção “mostra a contradição” do Governo, pois faz a caracterização do País, relevando que há dificuldades e que o arquipélago não é rico, e formou um Executivo com 28 membros.

“Diante das dificuldades, que apontou e diante das crises, formou-se um Governo, equivalente a duas equipas de futebol mais três suplentes, com 28 membros. Com este Governo aumentaram as despesas de funcionamento em 400 mil contos, por ano, que deveriam estar a ser canalizados para ajudar os cabo-verdianos que estão a ter grandes dificuldades que estão a empurrar os cabo-verdianos para a miséria “, criticou.

Para o deputado do MpD, Celso Ribeira, na altura da covid-19, o País estava paralisado, mas, acrescentou, a reaccão do PAICV demonstra que esse partido “reconhece apenas que Cabo Verde é um problema” enquanto o MpD “reconhece que há desafios”.

“Este Governo tem colocado Cabo Verde e sua população no centro e durante o orçamento tem aumentado a participação do estado social. De 2016 a 2022 aumentamos em 71 %” exemplificou o mesmo, para quem isso mostra que o Governo “coloca o ser humano no centro das atenções”.

O presidente da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), João Santos Luís, por seu lado, disse ter a certeza de que o País “precisa de muito mais” e que “o Governo do MpD sabe disso”.

“Os deputados do MpD devem ter esta consciência que há muito ainda a ser feito”, afirmou, criticando que os mesmos estão “a todo vapor” a preparar as eleições, trazendo a questão da governação, a todo o momento, para poder dizer à população cabo-verdiana para confiar neste Governo, porque poderia fazer muito mais, mas ainda não fez”.

CD/AA

Inforpress/Fim

Comente a notícia

Obrigatório

Publicidades
© 2012 - 2024: Notícias do Norte | Todos os direitos reservados.