UCID pede eliminação da discrepância no valor de compra e venda de energia produzida com recursos renováveis

24/05/2023 16:43 - Modificado em 24/05/2023 16:43

O deputado da União Cabo-verdiana Independente Democrática (UCID), João Santos Luís, pediu hoje a adequação à lei para acabar com discrepância no valor de compra e venda de energia produzida com recursos renováveis.

Durante a sua curta intervenção inicial no debate parlamentar com o primeiro-ministro sobre “Estratégia de aceleração da transição energética, João Santos Luís falou da urgência na aceleração das mudanças no sector energético.

Na sua perspectiva a transição energética, porém, não se limita ao fechamento gradual das usinas de carvão e ao desenvolvimento das energias limpas, mas por uma mudança de paradigma de todo o sistema.

“Em nosso entendimento, esta mesma transição deverá permitir que os consumidores possam produzir através de fundos renováveis a energia que necessitam e injectar na rede pública de distribuição eléctrica o remanescente desta mesma energia”, disse João Santos Luís.

Neste sentido, realçou o facto do custo de venda desta mesma energia, nomeadamente a produção a partir das microproduções ser bastante inferior ao custo de compra, o que, na sua perspectiva, pode inviabilizar a nascença do desenvolvimento deste sector.

“A UCID entende que é imprescindível a adequação das leis para que não haja uma discrepância acentuada entre a compra e a venda desta mesma energia”, apontou.

Na perspectiva dos democratas cristãos um outro passo importante na transição energética deve ser assumido no sentido de se produzir o hidrogênio verde a partir das fontes renováveis, nomeadamente o sol e o vento.

“Considerando o regime de vento e o sol existente nas ilhas, a nossa convicção é que o país possui um grande potencial para produção do hidrogênio verde e, consequentemente, exportação deste combustível amigo do ambiente. Precisamos rapidamente de trabalhar no sentido adequado para que a produção do hidrogénio verde se torne realidade o mais rapidamente possível para que um país possa criar riqueza a partir deste sector”, sustentou.

Para o deputado da UCID o avanço tecnológico registado na última década é de tal forma avançado, pelo que entende que a transição energética em Cabo Verde já deveria ter sido implementada há já algum tempo.

Na sua intervenção inicial do debate, cujo tema foi proposto pelo MpD, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva adiantou que a taxa de penetração de energias renováveis em Cabo Verde tem oscilado entre 18 e 20%. A meta do País é alcançar os 30% no horizonte 2025, 50% em 2050 e 100% em 2040.

Inforpress/fim

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