PAICV diz-se solidário com trabalhadores e compreende razão da manifestação de 1º de Maio

1/05/2023 13:45 - Modificado em 1/05/2023 13:45

O PAICV está “completamente solidário” com os trabalhadores cabo-verdianos e compreende a razão da manifestação convocada pelos sindicatos para o dia 1º de Maio, dia dos trabalhadores, disse hoje o dirigente do partido Fidel Cardoso de Pina.

Em conferência de imprensa para falar sobre a manifestação que decorre segunda-feira, 01 de Maio, o deputado nacional e presidente da Juventude do PAICV (JPAI) disse que cabe ao PAICV fazer análise política do que significa a manifestação convocada pelos sindicatos para o país.

Sublinhou que os trabalhadores, com esta iniciativa, demonstram que estão insatisfeitos com o governo que “tem estado insensível” perante aquilo que é a realidade do país e a realidade laboral.

“É o protesto por tanta indignação é a expressão de que as políticas implementadas pelo governo do MpD não têm estado à altura dos anseios dos trabalhadores cabo-verdianos”, referiu Fidel de Pina.

Lembrou que, neste momento, os trabalhadores sofrem com a perda de poder de compra e que a inflação atingiu os 7.9 por cento (%), a maior da última década, e que as medidas implementadas são “manifestamente insuficientes”, obrigando os trabalhadores a terem menos poder de compra.

Segundo aquele dirigente, o PAICV tem estado a alertar o governo de que “é preciso e necessário” que haja medidas concretas e sustentáveis que possam melhorar a qualidade de vida dos cabo-verdianos, observando que o país continua a enfrentar alta taxa de pobreza e pobreza extrema.

Acrescentou que a precariedade laboral vem fazendo escola no país, assim como o aumento de contratos sazonais, sem falar dos mais de 25 mil jovens que estão no desemprego procuram outras alternativas como a emigração.

Fidel Cardoso de Pina pontuou ainda que o seu partido fez várias propostas ao governo do MpD que prometeu aumento salarial de um por cento/ano, que não cumpriu, a redução da carga fiscal, mas tem agido “em contramão e de forma insensível”.

O dirigente do principal partido da oposição alistou as várias propostas, nomeadamente os aumentos do salário de uma forma geral, do salário mínimo nacional de 17 mil escudos, da pensão social para 50% e do salário mínimo, a revisão do valor mínimo das pensões pagas pelo INPS e pela Função Pública para o valor de salário mínimo e zerar o IVA nos bens de primeira necessidade assim como a água e energia.

Perante aquilo que classificou como “quadro negro e difícil para os trabalhadores”, o PAICV, na voz de Fidel de Pina, reafirma que está e estará junto dos trabalhadores na luta para que haja mais políticas públicas para que se possa melhorar as condições de vida e repor o poder de compra.

A mesma fonte reconhece que as manifestações não terão a mesma dimensão em todas as ilhas, porque, admitiu que há medo de manifestar-se devido às represálias no ambiente de trabalho, acrescentando que para o PAICV basta que haja uma pessoa a protestar é sinal de preocupação e significativa que há pessoas a passar por dificuldades porque ninguém manifesta só pelo gosto.

Segundo o político, há ilhas/municípios mais abertos onde a reivindicação é maior do que nas outras e, no caso do Fogo, referiu que pelo facto de estar em plena festa pode condicionar aquilo que é a manifestação.

“O facto de já termos a iniciativa da manifestação, sobretudo num feriado, significa que as coisas não vão bem”, rematou Fidel de Pina, observando que o governo actual “é insensível” e “não tem conseguido implementar políticas públicas para responder à realidade”.

Para a mesma fonte, o 1º de Maio era um dia para ser comemorado, mas passou do dia do trabalhador para dia de reivindicação dos trabalhadores para melhores condições de vida.

JR/CP

Inforpress/Fim

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