Embaixador de Portugal incentiva empresários portugueses a investir em Cabo Verde

10/04/2024 11:52 - Modificado em 10/04/2024 11:53

O Embaixador de Portugal em Cabo Verde que se encontra de visita à ilha de São Vicente, desde de ontem, 9 até ao dia 11 de abril, acredita que este é um momento de feição e que pode ser uma boa ocasião para trazer outras empresas portuguesas a interessarem-se por Cabo Verde, e em particular na ilha.

Existem no país e em São Vicente, em particular várias empresas e várias indústrias de capitais portuguesas, nomeadamente na área industrial, e que segundo Paulo Lourenço, estas oportunidades que estão a ser desenhadas em relação à área das energias renováveis, da economia azul, do digital, e também do turismo, são áreas que podem ser interessantes para estimular o interesse do empresariado português, na ilha de São Vicente

Por isso a reunião com a direção da Câmara de Comércio de Barlavento, CCB, para conhecer as oportunidades e desafios da economia nacional, e assim colocar o investimento em Cabo Verde, no Barlavento, no radar das empresas portuguesas.

“O nosso objetivo é, vindo aqui é entender melhor, ter um pouco mais de inteligência de mercado para perceber onde podemos colocar a nossa energia para interessar e envolver as empresas portuguesas”, explicou o embaixador.

Afirmou que investir em Cabo Verde é sempre uma experiência familiar e confortável para qualquer empresário português, por isso assegura que a embaixada está a tentar fazer agora é mostrar o caminho, sinalizar este novo contexto que existe no país. “Vemos uma janela de oportunidade para investir aqui. E para isso precisamos de conhecer melhor a realidade económica e os seus operadores”, justificou o diplomata que reúne-se hoje, com alguns empresários portugueses na ilha.

Uma posição abraçada pela direção da Câmara de Comércio de Barlavento. O PCA da plataforma empresarial, Jorge Mauricio realça que existe uma uma agenda onde as preocupações são partilhadas e os objetivos são comuns.

“Os objetivos são a promoção de Cabo Verde como destino de investimento dos interesses das empresas e dos empresários portugueses, para usarem Cabo Verde, para produzirem e instalarem as suas indústrias no arquipélago bem como aproveitar a “joint venture” com empresários cabo-verdianos para envolver outros espaços em Cabo Verde”, sustentou Jorge Mauricio.

De entre estes espaços, nomeadamente a CEDEAO, para utilizar os programas AGOA para o mercado norte-americano de Cabo Verde e também para a União Europeia através do Sistema Preferencial Geral, que é um acordo entre Cabo Verde e a União Europeia, livre de impostos e tarifas, que poderá sempre facilitar a chegada e instalação de empresários portugueses, explicou Jorge Mauricio.

Questionado sobre as vantagens de se investirem em Cabo verde, Jorge Maurício elenca uma série de pontos atrativos para o investimento estrangeiro, desde logo, a mão-de-obra barata, as vantagens jurídicas, as vantagens fiscais, os acordos de câmbio fixo com o Euro, a livre circulação de capitais, os acordos para evitar a dupla tributação, a língua, a cultura comum, a proximidade, os transportes, a logística, então há de fato muitas coisas que facilitam a troca de investimentos entre empresários dos dois países.

Questionado sobre esta mão-de-obra jovem e com valores competitivos que facilitará a escolha de Cabo Verde para grandes e pequenos investimentos, diz que não se pode falar só em termos de valores, em termos de salários. 

“É verdade, não podemos esconder, existe, é mais competitivo em termos de preço, mas também em termos de qualidade e em termos de compromisso”, justificou, reiterando que o trabalhador cabo-verdiano é muito procurado. “É um tipo de trabalhador e pessoa que assume compromissos, faz o seu trabalho com zelo, podemos sempre contar com os trabalhadores, aliás, só temos que ver a quantidade de pessoas que estão neste momento exportando muita mão-de-obra qualificada”, concluiu. 

EC

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