Monte Sossego com um desfile impactante para revalidar o título de campeão

14/02/2024 06:51 - Modificado em 14/02/2024 06:51

Com doze títulos conquistados, em 23 participações do carnaval de São Vicente, Monte Sossego levou para as ruas do Mindelo Genética.CV,  entrou na avenida cantando forte com garra e segurança, sob o som da música com o mesmo nome. 

O atual campeão, apostado em revalidar o título, o Grupo Carnavalesco de Monte Sossego, esteve bem com alas desenvolvendo regularidade e apresentando a história que queriam contar. A origem das coisas, principalmente a nossa origem, como cabo-verdianos.

Um povo considerado, tanto como um caso de regionalismo europeu, como um caso de regionalismo africano. O enredo trabalhado neste sentido, mostra que “Cabo Verde está sempre na procura da sua identidade, que voga à vontade dos sobressaltos e dos interesses políticos e ideológicos”, justificou o presidente do grupo.

E foi com isso que apresentou. Um desfile definido pelo público como competente e exuberante, onde afirmam que assistir o grupo passar, foi como “sentir na alma uma parte de cada um de nós”. Foi como se participássemos de cada gesto e cada membro da alegoria”. 

Um desfile que foi uma reafirmação do seu objetivo. Ganhar e ganhar e mostrando a sua exuberância no espetáculo de carnaval, com fantasias bem elaboradas com cores feitas à medida e acabamento à reputação do grupo.

Se a ideia era voltar a surpreender, conseguiu este feito, e com muita descontração e leveza, a comissão da frente, com um trabalho dinâmico, fez bem o seu papel. Uma coreografia bem construída e enérgica com uma história bem contada, conforme o presidente do grupo.


Afinal de que és feito “Montsu”, foi a pergunta levantada e respondida pelo seu presidente António Duarte “Patcha”. 

” As nossas fantasias e adereços espelham o enredo “Genética. CV”, desde a chegada de navios negreiros que permitiu povoação das ilhas até a luta de libertação, simbolicamente representado por Amílcar Cabral, realçou António “Patcha” Duarte, no final do desfile que entrou no local, mais tarde que o previsto. 

“Trabalhado isso, seguiu-se depois a construção do homem, o símbolo deste país e a construção do país que é o representado na última alegoria”, com Adamastor carregando no carrinho de mão toda a luta para construir esta nação. Uma homenagem a todos os que estiveram na construção, daquilo que é o país.

“O objetivo foi plenamente atingido, não obstante a fase de preparação dura, desgastante, curto entre a quadra festiva e hoje e conseguimos dar a resposta que muitos queriam. Fizemos um grande desfile” apontou.

Foram cerca de 1600 foliões distribuídos em 14 alas, com três alegorias, mais um tripé da comissão da frente.

“A ideia era cativar as pessoas e por isso preparámos um desfile milimétrico, para as pessoas entenderem exatamente aquilo que é a Genética.cv”, realçou.

A bateria comandada pela rainha de bateria vitoriosa do carnaval de São Vicente, Wendy Silva,  com samba no pé a marcar o ritmo dos 165 ritmistas sob a liderança do seu mestre mostraram todo o seu “poder de fogo”, definindo-se como a melhor bateria, destacou “Patcha”

E agora esperam a decisão soberana do júri, nesta quarta-feira de cinzas. 

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