Mundial de kitesurf: Airton Cozzolino vence Mitú Monteiro na final e triunfa no circuito de Ponta Preta

19/02/2024 02:48 - Modificado em 19/02/2024 02:48

O ítalo-cabo-verdiano Airton Cozzolino, campeão do mundo de kitesurf, conquistou hoje o primeiro circuito mundial de 2024, etapa de Ponta Preta, ao bater na final Mitú Monteiro, prova presenciada por uma grande moldura humana.

Em mais uma tarde de grande emoção, os dois velejadores, referenciados como autênticos “Tubarões das Ondas”, protagonizaram uma final “muito escaldante e emotiva”, segundo a assistência, tanto nas águas como no areal de Ponta Preta, com muita vibração da vasta plateia, das maiores enchentes de sempre, que viveu de forma intensa esta luta para o título.

Durante uma bateria de 30 minutos, marcada por intensa pedalada em ondas épicas, Cozzolino venceu seu amigo e mentor Monteiro, que é o detentor do título mundial, e soube aproveitar as terríveis ondas para mostrar as suas habilidades, não obstante a forte réplica dada pelo experiente Monteiro.

“Cozzolino estava pegando fogo, dominando a bateria com ondas enormes de 9,10 e 8,53 metros. Suas pontuações descartadas foram um conjunto de ondas de mais de oito pontos”, refere a organização que se rendeu a exibição destes dois campeões.

No final, mal terminou a competição, os dois finalistas foram recebidos em apoteose à saída da água pelos adeptos e simpatizantes que carregaram os finalistas aos ombros, sustendo a bandeira cabo-verdiana bem lá no alto, a multidão gritava em euforia “é nós ki ta madá li (aqui mandamos nós, em português).

Na sua primeira reacção neste I Circuito do Mundial de 2024, Cozzolino, que afirmou estar “super contente” e referiu o quão importante foi Mitú Monteiro na sua descoberta  para o mundo de kitesurf, sustentando que caso contrário não estava a praticar a modalidade a nível mundial.

“Esta é uma vitória para Cabo Verde, pela minha família e pelo todo o meu povo. Esta foi a primeira bandeira (Cabo Verde) que queria elevar”, disse, ao mesmo tempo que abraçou o irmão mais novo, Hendrick Gomes, encorajando este promissor velejador a continuar a trabalhar para vencer no ano vindouro.

Por sua vez, Mitú Monteiro, referenciado pela organização do “GKA Kitesurf World Cup Cabo Verde” como uma “lenda viva” da modalidade, disse que entrou nas ondas descontraído para a final, para poder divertir-se e que foi um “super-prazer” competir com o detentor do título mundial.

Muito emocionado, Monteiro que, à semelhança de Cozzolino, estava acompanhado pelos familiares, liderados pela mãe, admitiu que a pressão foi máxima, mas que em todos os “heats” mostrou que apesar dos seus 41 anos, continua na ribalta do kitesurf mundial.

O pódio foi completado pelo brasileiro Pedro Matos, que venceu na luta para atribuição do terceiro lugar o seu compatriota Gabriel Benetton.

A praia de Ponta Preta recebe de 16 a 25 do corrente primeira etapa do circuito mundial do Mundial Kitesurf e do Campeonato do Mundo de Wing-foil, masculinos e femininos, envolvendo os melhores praticantes do planeta, dos quais 15 cabo-verdianos, nas duas modalidades.

A etapa mundial de Ponta Preta conta com o concurso dos melhores velejadores, em representação de Cabo Verde, Brasil, EUA, Portugal, Espanha, Itália, Suíça, Canadá, Hungria, África do Sul, Espanha, Havaí, Marrocos, Austrália, Alemanha, Grécia, Bélgica, de entre outros países.

A etapa de Ponta Preta prossegue por estes dias com as provas femininas de kitesurf, às quais se segue o Mundial de Wing-foil, em masculinos  e femininos.

Comente a notícia

Obrigatório

Publicidades
© 2012 - 2024: Notícias do Norte | Todos os direitos reservados.